Baseado na história de luta do Grêmio Recreativo de Arte Negra Quilombo, fundado por Candeia em meados dos anos 70, o Núcleo de Sambistas e Compositores do Cupinzeiro vem escrevendo, aos poucos, a própria história do samba de Campinas. Se o pioneiro Quilombo, irmão carioca mais velho, resistiu valorosos anos na independência financeira e moral para deixar um legado, o legado de Candeia e de seu Quilombo está redivivo, em Barão Geraldo. Iniciativa genuinamente popular, o Cupinzeiro é um duro golpe na indústria da alienação e uma esperança de liberdade para a cultura nacional.
Por Bruno Ribeiro jornalista e compositor do Núcleo Cupinzeiro.
Ouva "Bar do Pachola" (Mercadão)
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Música
Mangueira faz justa homenagem ao Cacique de Ramos pelos seus 50 anos de fundação. Um samba cantado em muitas vozes como diz o carnavalesco Cid Carvalho ao falar do enredo escolhido para 2012 (segue parte do enredo abaixo). Mangueira da um passo na frente em busca do título. O samba além de tudo é muito bom e vai contagiar com certeza. Mostrar o que o passado ensinou é ficar de olho no futuro, parabéns Mangueira.
"Hoje eu chego com o vento e volto aos pés da velha tamarineira, sento-me novamente ao lado do guerreiro e de Oxossi em saudação ao meio século de história do cacique de Ramos. Nós somos as raízes e o Cacique é o tronco desta árvore que deu frutos como Jorge Aragão, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Dicró, Mauro Diniz, Zeca Pagodinho, Luis Carlos da Vila e Neguinho da Beija-Flor, entre outros nomes, além da dindinha Beth Carvalho um bendito fruto feminino entre tantos homens.
Salve a tribo dos bambas; esse "Doce Refúgio" de pagodeiros e malandros no bom sentido da palavra. A tribo que bate tambor e faz ecoar o surdo de primeira pra saudar a sagrada tamarineira e confirmar que o bom samba também mora em Mangueira. Afinal, "onde eu cheguei, nem um mortal chegou, modesta parte nessa arte, Deus me consagrou e o meu canto ecoou por todo universo, até em Marte o meu samba fez sucesso!" Por tudo isso vou festejar, pois sou Cacique, sou Mangueira"!
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Música
A música narra a história de uma mulher que vivia jogada à beira da cidade, olhada sempre com desdém. Na sua condição, mostrando-se forte, Geni deitava-se com qualquer pessoa (homem e mulher) a troco de dinheiro. Chico mostra que essa sua condição vem desde que era menina, portanto, deixa incerto se sua escolha por essa vida foi por problemas sociais ou por caráter. Geni torna-se, apesar de tudo, conhecida em toda a cidade, que se por um lado a crítica atirando-lhe pedras, por outro, a sustenta, de certo pelos que a desejam apesar da promiscuidade. Entre esses inclusive o comandante do dirigível Zepelin (aqui podemos entender a figura de um poder superior ao de onde a história acontece). A negociação de paz só se dá quando Geni aceita passar a noite com o comandante da "nave". Chico mostra nesse ponto que apesar de promíscua a mulher tem sua honra, negando-se a deitar com quem a quer pela força, pelo poder. Ao ser procurada pelo prefeito (poder local) e pelo clamor popular Geni decide aceitar a proposta. Mas a música deixa claro que ela só aceita pela generosidade e por sentir que a cidade dependia dela e era sincera. Quando Chico diz que ela dominou seu asco e foi se deitar com o comandante demonstra ainda mais que Geni era uma mulher forte. Finalmente, Chico nos mostra que após a cidade estar liberta, o povo volta a atirar-lhe pedras, demonstrando toda a podridão de uma sociedade que apesar de crítica é conivente com a situação quando lhe é conveniente.
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Música
Documentário sobre a experimentação na música popular brasileira, produzido sob a supervisão de Fernando Faro (Ensaio), com a direção de Renato Levi. Com Tom Zé, Arrigo Barnabé, Egberto Gismonti, Carlos Rennó, Júlio Medaglia, Lenine e Arnaldo Antunes. Traz depoimentos atuais e imagens de arquivo garimpadas no acervo da TV Cultura.
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