UNIDOS DA TIJUCA
Enredo:
É segredo!
Autores:
Julio Alves, Marcelo e Totonho
Letra:
Desvendar esse mistério
É caso sério quem se arrisca a procurar
O desconhecido no tempo perdido
Aquele pergaminho milenar
São cinzas na poeira da memória
E brincam com a imaginação
Unidos da Tijuca, não é segredo eu amar você
Decifrar isso eu não sei dizer
São coisas do meu coração
Eu quero ver esse lugar
Que o próprio tempo acabou de esquecer
Meu Deus por onde vou procurar?
Será que alguém pode me responder (bis)
Quem some na multidão
Esconde a sua verdade
Imaginação, o herói jamais revela a identidade
Será o mascarado
Nesse bailado um folião
A senha o segredo da vida
A chave perdida é o "x" da questão
Cuidado, o que se vê pode não ser ... Será
Ao entender é melhor revelar
No sonho do meu carnaval
Pare pra pensar, vai se transformar
Ou esconder até o final
É segredo, não conto a ninguém
Sou Tijuca, vou além
O seu olhar vou iludir
A tentação é descobrir (bis)
Sinopse:
O enredo da Unidos da Tijuca em 2010 é segredo.
As imagens surgiam para nos revelar alguma coisa, nos dar a certeza de que ali estavam respostas e, de repente, nada era mais como parecia ser alguns segundos atrás. Como isso pôde acontecer, se tudo parecia tão claro? Como num passe de MÁGICA, o que tínhamos diante de nós se transformava em outra coisa. Inexplicável.
Procuramos um caminho que nos levasse a DECIFRAR e a entender o que se passava.
Também não resistimos à tentação de buscar histórias relacionadas às antigas civilizações. Tantas já percorreram a Avenida mostrando como viviam povos antigos. Tantas...
Livros, mapas, textos, documentos valiosos... E fomos descobrindo que além das tantas histórias já reveladas existiam aquelas que nunca ninguém ousou transformar em carnaval. Por que não? Talvez porque num passado distante elas deixaram de existir. Viraram CINZAS, poeira das grandes batalhas em que só a vitória importa. Custe o que custar.
Em leituras incessantes, varamos noites e dias. Nas páginas restantes de catástrofes que APAGARAM a memória dessas civilizações, muitas perguntas, poucas narrativas completas, dúvidas e muito MISTÉRIO. E o tempo foi passando no contato com as informações recolhidas ao longo de séculos sobre povos que desapareceram e só nos deixaram perguntas.
Encontramos alguns VESTÍGIOS de tantos outros povos que viveram em nosso planeta. Nesse planeta? Ruínas, marcas, restos.
Túmulos escondidos, sinais claros da existência de lugares sobre os quais pouco conhecemos. Registros apagados pelo tempo. Histórias únicas e perdidas.
Aviões e navios DESAPARECEM na imensidão. E nunca mais se sabe nada sobre eles. Então, começam a procurá-los. Criam inúmeras suposições sobre esses sumiços. Quem matou, quem fugiu, por que desapareceu? Onde se escondeu? Surgem histórias estranhas de todo lugar. Muitos acreditam que seres de outros planetas nos visitam para levar pessoas e objetos para estudos. Outros afirmam que extraterrestres já foram capturados e escondidos para pesquisa.
As especulações viram INVESTIGAÇÕES e a procura continua. Revistam a casa, o trabalho, os caminhos virtuais. Hoje, a coisa mais fácil é encontrar um sujeito pela Internet. Quebram e clonam suas SENHAS. Fazem pior: derrubam empresas inteiras descobrindo códigos de acesso, quebrando sistemas de segurança. Esses são sujeitos que ninguém encontra. Nunca se revelam e são capazes de invadir a vida de qualquer um.
Qual seria a CHAVE para nos revelar a saída? Que outros enigmas, códigos, FÓRMULAS SECRETAS e poções mágicas poderão ainda ser revelados no futuro?
O que dirão quando souberem o que está acontecendo? É melhor não saberem, manter em segredo tudo isso. É melhor assumir o que não podemos esconder? Ou esconder o que não podemos assumir?
Mas se quiser tentar DESVENDAR o que está acontecendo diante de seus olhos, não esqueça de que nem tudo o que se vê é o que parece ser... E se conseguir decifrar o que está por trás, não REVELE o segredo... Deixe-se levar pelo inesperado e surpreenda-se! No carnaval, você pode descobrir como são mutáveis as certezas que temos sobre o que vemos.
Paulo Barros/Isabel Azevedo/Ana Paula Trindade
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