ele então se apresenta,
sua casa é um banco,
sua mão direção
aponta o vento,
como se fosse coisa viva
amansa o mar, basta pousar mão no colo
a força pouca não lhe detém
verbaliza, exprime e extrai do vão dos dentes
poesia, contos e mentiras
coisas de um chão sem fim
as rugas são lembretes
que o tempo deixou
mas que nunca os leu
da nó no tempo
inventa idade falsa
conta tudo de novo
porque de ver a vida passar
passou seu tempo
passou sua história
e num adeus distante
o velho parte
o novo fica
deixa uns a chorar
outros a sorrir.