Sabe qual é a pior coisa que existe na vida?
E qual é a pior pessoa que você já conheceu?
E qual foi a pessoa mais idiota que você já conheceu?
Pois é, nada disso tem a ver com a estória de hoje, porque ela se passou no condomínio da minha prima e, tipo, só fiz essas perguntas pra mudar o começo da estória que estava muito repetitivo.
Estávamos sentadas em frente da casa dela, que fica perto de uma pracinha com uma árvore bem grande e uns bancos em volta.
Já era mais de oito horas da noite, estava bem escuro, ouvimos um barulho estranho na copa da árvore, olhamos uma para outra meio com medo, tipo, era um barulho super horripilante, levantamos e fomos mais perto da praça, de repente deu um estrondo muito estranho, vinha de cima da árvore, olhamos e vimos uma cabeça enorme, mas tipo, não dava pra ver o que era direito, parecia uma cabeça.
O medo tomou conta de nós duas e parece que tudo que era coisa de madeira começou a nos atacar. Saímos correndo para casa dela e os bancos entraram na nossa frente. Tivemos que pulá-los. Depois, mais perto da casa, o skate do meu primo de 23 começou a nos seguir. Chegamos na porta e, tipo, que bom que a chave era de ferro, porque a porta fazia uns barulhos muito esquisitos.
Conseguimos entrar e fechamos a porta rapidinho. Que susto. Fomos para o quarto dela e de lá não saímos mais. Demorou muito para a gente dormir, tipo uns 15 minutos.
No dia seguinte tomamos café e saímos à rua ainda com medo, olhando para a copa da árvore.
Como não vimos mais nada fomos até a praça e sentamos no banco para conversar. A gente não conseguiu entender o que era aquela coisa estranha que tínhamos visto na noite anterior.
De repente nossos celulares vibraram no mesmo instante, tipo, muito louco.
Recebemos a mesma mensagem que dizia: Cabeçudas!
Fomos ver quem tinha mandado e era do celular do meu primo de 23. Que chato.
À tarde encontramos com ele e já fomos xingando. Ele disse que não sabia de nada, mas, tipo, a mensagem veio do celular dele, como assim não sabia de nada? Ele disse que o celular dele sumiu na noite anterior e não achou mais.
Daí ligamos pro celular dele para ter certeza e advinha: ouvimos o toque do celular do lado de fora da porta. Abrimos pra ver e o skate do meu primo de 23 estava na porta parado e em cima dele o celular.