20/05/2012 23:49 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários
O Final da História
Não lembro do dia exato, da hora exata, sequer me lembro se houve apresentação digna.
Por certo foi coisa breve, um dizer de primeiros nomes e mais nada.
Mas o olhar foi além do que a vista avista.
Chegou mais longe que qualquer horizonte limita,
porque não era possível mais medir sua distância.
Aquele olhar transformou a matéria, virou intangível, passou pro além.
Veio chuva, sol, vento, distância,
a ausência de contato,
mas ele ficou.
O olhar que deixou marcada a alma
transportou a aura e compartilhou-a
como se plantasse semente
que nasce de manha,
vira flor e aflora.
Tá na palma da mão
todo dia,
toda hora.
A história de um olhar,
de um amor que não termina
é a história que compensa
que não tem fim, que não passa.
A vida só faz o que sabe
se acaba.

Para Zezé - Moisés


VLOG DO FERNANDO - VIDEO III

17/05/2012 22:26 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários

VLOG DO FERNANDO - VIDEO II

22:25 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários

VLOG DO FERNANDO - VIDEO I

22:24 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários

FERNANDO PESSOA - CAEIRO

22:20 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários
Hoje de Manhã
Fernando Pessoa
Poemas Inconjuntos - Alberto Caeiro

Hoje de manhã saí muito cedo,

Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer…
Não sabia por caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre —
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.

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Caeiro era assim, seco e sem sentimentos capitalistas,
gostava da coisa como coisa, não como as pessoas as viam
dizia que a natureza não pensa, agia com naturalidade,
daí o nome "natureza".
Considerava o homem pouco natural e muito fantasioso.
A rosa não tem cheiro. O que cheira é o cheiro da rosa.
Caeiro era prático, teoria não lhe valia.

Conheça sua obra.
Para os desavisados Caeiro foi criado por Fernando Pessoa, que escrevia e assinava por Caeiro, mas abominava seus poemas. Para Fernando Pessoa suas criações tinham vida própria.
Toda sua obra só foi publicada depois de sua morte.
http://www.pessoa.art.br/?p=369