http://moizampirate.blogspot.com: 12/01/2010

Bolo da Hipocrisia

29/12/2010 10:26 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários

Sugestão do Chef: Durval: A Globo faz propaganda dos temas sociais abordados nas novelas, para tal ocasião o cheff Durval sugere:

Bolo de Hipocrisia

Ingredientes:
2 litros de maus exemplos
1 colher de sopa de desespero
6 copos de fanatismo religioso
1 quilo de fé
4 copos de falsa moral para a cobertura
"Infelizmente a GLOBO não é nenhuma referência, mesmo quando trata destes asssuntos. Aliás, a emissora só o faz como mais um meio de se promover, pq falemos a verdade, as mesmas novelas que falam contra as drogas, ensinam aos seus telespectadores as "vantagens" do namoro fora do casamento, das mentiras a qualquer custo e outras porcarias mais. Aliás, a GLOBO utiliza a sua própria força de audiência para manipular a massa, exatamente como fazem os políticos mais corruptos e inescrupulosos deste país. Estamos distantes de uma GLOBO boazinha, como a reportagem sugere, para desespero de pais que cuidam dos filhos. Aliás, estamos carentes de qualidade na TV "(Vanderlei Campos)
Modo de fazer:
Dissolva a fé nos maus exemplos. Adicione o fanatismo religioso e bata até obter uma mistura homogênea. Adicione o desespero lentamente.

"Não há dúvida que esse tipo de iniciativa, por parte dos autores, é extremamente válida. Abordar assuntos importantes e de interesse da sociedade gera mudanças e adoção de novos comportamentos. Pois é, além de saber fazer muito bem suas novelas, a TV Globo também sabe muito bem divulgá-las em seus intervalos comerciais, principalmente enfatizando as questões sociais contidas nas histórias. E se é para o bem, que mal tem?" (Adriana Silvestrini)

Asse por 16 séculos até ouvir o barulho de sinos tocando e gritos. Ferva a falsa moral e use como cobertura. Sirva acompanhado de hóstias e vinho.

Cheff Durval adverte:

Faça o bem sem dizer a quem. A não ser que você realmente precise se convencer de que está só fazendo o bem. Bon Apetit!

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ADEUS PARCEIRA

24/12/2010 00:13 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários

Hoje não vou mais lhe ver correndo na minha frente, nem irei mais me juntar a você na festa pelo passeio, tão pouco vamos dividir o mesmo prato, a mesma água, não, isso nunca mais.

Hoje acordei e não a vi, pensei que talves estivesse por debaixo dos edredons, friorenta como sempre, mas percebi logo que não, não havia nenhum edredon pela cama, não havia você, nem ninguém.

Sinto ainda seu cheiro pela casa, pelos cantos, por onde você passava, onde você deitava, mas o cheiro hoje está mais fraco que ontem, aos poucos diminui, amanha talves acabe e nunca eu o sinta, talvez até lhe esqueça, talvez não.

Meu passeio será menos alegre, você o alegrava, esfuziante, esfolegada. Eu acabava lhe imitando, inconscientemente, mas me mantinha lider, mesmo sem nunca ter sido. Na verdade você sempre comandou, e eu sabia, mas não ligava, porque você fazia sempre o que eu queria fazer, antes de mim e lhe seguir sempre me dava prazer. Vou lhe contar um segredo:
Você era uma lider nata!!!
Mas este segredo, infelizmente só pude revelar agora, pois você partiu, deixando aqui a mesma alegria, o mesmo entusiasmo, a mesma festa, e o que aprendi com você nunca mais vou esquecer.

A minha espera (por elas) continua, a mesma espera de sempre, na porta, no portão, no quintal. Mas minha espera agora é solitária, minha espera agora é só minha. Você não espera mais. Não chora mais.
A saudade agora pela volta (delas) é só minha.
Você não volta.

para PERLA

23/12/2010

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CORA RÓNAI - CONHEÇA

10/12/2010 15:20 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários

O CASO DO POEMA ROUBADO

Cora Rónai

Há coisa de dois ou três meses apareceu, no portão do sítio, um pacote grande, embrulhado num saco de lixo preto. Ninguém viu quem trouxe. Amanheceu e estava lá. Assim que foi notado, ficaram todos da casa, bípedes e quadrúpedes, muito cabreiros com a sua presença. Nos dias de hoje, ninguém vê com confiança ou simpatia pacotes grandes, embrulhados em sacos de lixo preto.

Os cachorros cheiraram e latiram, os gatos mantiveram distância, o Dirceu olhou de longe, cutucou com uma vareta, chamou Mamãe. O conteúdo parecia ser duro, sólido, como madeira. Não era nada morto, com certeza. E não parecia ser bomba, muito embora ninguém da família tenha a mais remota idéia de como seja uma bomba, salvo pelo que se vê no cinema e nos desenhos animados.

Finalmente, depois de mais cutucadas e de muita hesitação, o pacote foi trazido para dentro, e aberto com o cuidado que a desconfiança recomendava. Quando o conteúdo se revelou, surpresa total: quem poderia imaginar que um poema roubado há 30 anos voltasse ao lar daquela maneira?!

Quando o sítio ficou pronto, em princípios dos anos 60, uma das primeiras providências dos meus pais foi espalhar pelo jardim e pela floresta uma dúzia de poemas. Papai os selecionava, Mamãe os pintava em tabuletas e ambos escolhiam juntos, com capricho, as árvores e os caminhos onde seriam expostos. Passear pelo sítio era como entrar numa pequena antologia sentimental.

Com o tempo, as tabuletas foram sumindo. Algumas queimaram junto com as suas árvores nos incêndios que, há alguns anos, eram comuns na região e que, apesar dos esforços do pessoal lá de casa, eventualmente atingiam partes do terreno. Outras foram vítimas do tempo. A maioria, porém, desapareceu sem deixar vestígios.

O poema devolvido chama-se "Casa antiga", foi escrito em 1964 por minha madrinha Cecília Meireles e dedicado a Nora e Paulo Rónai:

"Forrarei tua casa já tão antiga

Com um papel que imita as paredes de tijolo.

Ficará tão lindo como se estivéssemos na Holanda.

Forrarei tua casa assim, mas por dentro,

De modo que, longe de todas as vistas,

Será como se estivéssemos ao ar livre, no jardim.

E deixarei uma parede quebrada — não uma porta, não uma janela:

Uma parede quebrada por onde passe um ramo de goiabeira

Carregado de flores e vespas.

Parecerá que estamos sonhando,

E estamos sonhando mesmo,

E parecerá que estamos vivendo,

E a vida não é mesmo um sonho impossível?"

Dentro do pacote, junto com a tabuleta, veio um bilhete escrito em letra pouco cultivada, na folha arrancada de um caderno. Dizia o seguinte:
"Quando era menino achei este quadro lindo, pelo poema. Peço perdão por ter roubado este quadro. Hoje me converti a Jesus e sinto necessidade de devolvê-lo. Sinto-me envergonhado pela minha atitude. Mais era só um menino. Peço perdão a Deus e a vocês. E que vocês também consigam perdoar."

Não havia nome, assinatura, nada. Ficamos com muita pena, pois teríamos gostado de conhecer e abraçar o menino antigo que roubou o poema e o homem correto que o devolveu, passados tantos anos. Mal sabe ele que nos deu um presente muito maior do que o que levou: um mundo onde crianças roubam poemas e adultos os devolvem é um mundo de beleza e de esperança.

acesse: http://www.coraronai.com/

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CLARA NUNES - GUERREIRA

07/12/2010 00:23 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários

Clara Nunes cantava música raiz, música africana, a original fonte do samba. A música nascia do chão, do tambor, do sangue do negro escravo, que punha no seu cantar a indignação do açoite, a luta contra a chibata.

Clara era defensora dessa música e morreu fiel à sua nação, Gegê, dos orixás, dos santos, do afoxé. O Canto Nagô. Pulsante nas veias, vibrante na alma. Salve Clara Guerreira, Salve a Mineira.

Entrevista a Leda Nagle 1982

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GUARANÁ JESUS, ATÉ DEUS DUVIDA!!

02/12/2010 22:48 Postado por MOIZA MPIRATE 0 comentários

Pois é, aqui onde moro ninguém acreditou que existe um guaraná que supera a coca cola em vendas. Quando fiquei sabendo também não acreditei, mas descobri porque ninguém acreditou e nem acreditará, simplesmente porque a coca-cola comprou a fábrica e hoje é ela quem produz o guaraná mais tomado do Maranhão. A propaganda dele só circula por lá, porque, com certeza, se divulgarem pro resto do Brasil a coisa vai tomar outras proporções.

Detentor dessas informações pesquisei um pouco mais sobre a matéria e descobri que existem algumas curiosidades: Os dois inventores (Jesus Norberto Gomes e John Pemberton) tentavam criar um remédio para o estômago e o fracasso virou um sucesso; Jesus Gomes era ateu; e no Maranhão quando se fala o nome Jesus, a primeira coisa que vem à cabeça do povo de lá é o refrigerante.

A Coca-Cola adquiriu os direitos sobre o guaraná em 2001.