Foclore X Ciência

12/04/2009 11:18 Postado por MOIZA MPIRATE
Folclore x Ciência – “Boitatá – A Cobra-de-Fogo”

As crendices populares do Brasil são inúmeras e vindas, na maioria, do interior, quase sempre associadas a animais e forças da natureza. O imaginário popular ganha força pelo desconhecimento científico e pelo espírito zombador do caipira. Aliando-se as duas coisas o folclore ganha força e veracidade. Mas o intuito deste post não é desmistificar as lendas folclóricas do Brasil, até porque não creio ser possível tal ambição e sim divulgá-las e atribuí-las explicações científicas, mostrando que tudo não passa da incrível imaginação do povo brasileiro. Para iniciar esta pesquisa nada melhor que a lenda da Boitatá, cujo nome boitatá origina-se do tupi mbaeta'ta, formado de mba'e, "coisa" e ta'ta "fogo". Com a interferência do tupi mboya a palavra transformou-se, tornando-se "cobra de fogo". (1560 - baê tatá; 1706 – baetatá; 1872 – boitatá; e 1876 – mboitátá). Também é chamada de biatatá na Bahia, batatal em Minas Gerais e bitatá em São Paulo. Há indícios de que o primeiro registro da lenda foi feito pelo Padre José de Anchieta. No Rio Grande do Sul a lenda conta que houve um período de noites sem fim na floresta e que além da escuridão houve uma enchente enorme que obrigou os bichos a se refugiarem num ponto mais alto. A Boiguaçu, uma cobra que vivia numa gruta escura acorda faminta e come os olhos dos animais, transformando-se numa cobra de fogo que morre e assombra a floresta. Mas a ciência dá algumas explicações para a lenda, por exemplo: Relâmpago Globular - uma esfera luminosa, brilhante como lâmpada fluorescente, cujo diâmetro pode variar de alguns centímetros a vários metros. Podem aparecer perto do ponto de impacto de um raio, mas também são vistas em terremotos, erupções vulcânicas, ventanias, tornados e tempestades. Freqüentemente são acompanhadas de cheiro de ozônio, enxofre ou óxido nitroso e produzem zumbidos e estalos; Fogo-Fátuo - luz que aparece à noite, geralmente emanada de terrenos pantanosos ou de sepulturas, supostamente devida à combustão de gases provenientes da decomposição de matérias orgânicas, principalmente metano e fosfina. Sempre associado a fantasmas e outras entidades do folclore, tanto no Brasil como em muitos outros países. Em uma porcentagem de aproximadamente 28%, o metano se inflama espontaneamente, sem necessidade de uma faísca. Forma uma chama azulada, de curta duração, gerando um pequeno ruído. O deslocamento do ar provocado pela tentativa de fuga pode fazer o fogo-fátuo mover-se na mesma direção da pessoa, como se a estivesse perseguindo. Sem explicações científicas por perto o povo acreditava mesmo nas lendas e até mesmo o mais cético cientista sabe que teoria é teoria e que no meio da mata manda quem pode e obedece quem tem juízo. Melhor correr. Outras lendas virão por aí.

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