Sentado à beira da estrada ficava
olhando tudo o que nela passava
o carro de boi, o carro a motor
A poeira levantava e baixava,
deixando pra trás o seu olhar
e ele ficava.
Alí passava as horas, os dias, os anos e ele ficava
O sol subia, aquecia e descia, sem perceber
a lua rodava nas quatro fases e brilhava, sem perceber
Pra ele só a estrada e o que nela passava.
O tempo passou
Passou na estrada
e levou ele que alí ficava
Pra longe
Distante do pó,
bem longe da estrada
pra perto do sol, pra perto da lua.
E de tanto olhar pro que passava
La longe, sentado nas estrelas
Vigiando-nos
ele fica olhando o que passa.
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Tio Tônico, ensinou-me que melhor que ter amigos é não criar inimigos.
