Sabe quando uma piada ofensiva é boa?
Quando ela agrada todo mundo, mesmo quem foi ofendido.
Humor stand up usa muito esse recurso, se apoiar em defeitos alheios, em pessoas públicas, em fatos reais. Lembro da peça Boom do Jorge Fernando, quando ele tira sarro de um fanho, porém, com autorização da mulher do cara. Hilário, pois até o cara riu muito. Um sarro por defeito físico, feiura ou outras anomalias biológicas ou fisiológicas pode até ser engraçado, se tivermos a certeza que no dia seguinte não haverá seqüelas à pessoa.
Nosso amigo Rafinha precisa andar muita rua ainda para se tornar engraçado, porque ele agrada facilmente adolescentes radicais, mas passa longe de agradar os mais velhos, intelectuais e outras pessoas um pouco mais exigentes. Recomendo a ele uma faculdade, um curso de línguas, ou até um supletivo, se for o caso. Quem sabe no convívio de pessoas um pouco mais inteligentes ele possa aprender e aprimorar seu fraco conteúdo humorístico.
O respeito a quem quer que seja também faz parte de um grande humorista, não é ridicularizando ou ofendendo as pessoas que se consegue um lugar na galeria. Assista bons filmes de humor, vá ao teatro, seja um pouco mais gente e menos estrela. Não faça tipos como no programa A Liga, porque ali ele não se parece com aquele babaca do CQC, então creio que se travestir de bom moço, faz suas piadas grossas e pornográficas mais ridículas ainda. Cresça jovem, use o tempo que tem na televisão para ensinar boas coisas e faça valer a pena esse tempo.
Ah, e não peça desculpas pelos seus atos, você não errou, apenas foi você, pequeno e bestas, ops Bastos.
